Considerar o jovem como lugar teológico é acolher a voz de Deus que fala por ele. A novidade que a cultura juvenil nos apresenta neste momento, portanto, é sua Teologia, isto é, o discurso que Deus nos faz através da juventude. De fato, Deus nos fala pelo jovem. O jovem, nesta perspectiva, é uma realidade teológica que precisamos aprender a ler e a desvelar. Não se trata de sacralizar o jovem, imaginando-o como alguém que não erra; trata-se de ver o sagrado que se manifesta de muitas formas, também na realidade juvenil. Trata-se de fazer uma leitura teológica do que, de forma ampla, chamamos de “culturas juvenis”. Numa época em que se fala tanto de “inculturação” ou – em outros termos – de encarnar-se na realidade, de aceitar o novo, o plural e o diferente, na evangelização da juventude todo esse discurso toma feições muito concretas e imprevisíveis. Dizer que, para a Igreja, a juventude é uma prioridade em sua missão evangelizadora, é afirmar que se quer uma Igreja aberta ao novo, é afirmar que amamos o jovem não só porque ele representa a revitalização de qualquer sociedade, mas porque amamos, nele, uma realidade teológica em sua dimensão de mistério inesgotável e de perene novidade. (CNBB 85, § 80-81).
Clemilson, gostei muito da abordagem sobre a evangelização juvenil que apresentou de forma simples e didática.
ResponderExcluirCreio que o desafio é este mesmo, "reconhecer o jovem como lugar teológico", assim como diz o Pe. Hilário Dick "reconhecer o divino que habita no jovem, que é o jovem!".
Só assim, olharemos os jovens por um prima que permitirá amá-los, respeitá-los, favorecendo as suas vidas em meio a uma sociedade que reprime, exclui e mata.
A juventude quer viver!